Le Tigre – Feminist Sweepstakes (2001)

O Le Tigre tinha tudo para mudar o mundo no inicio do século XXI.

A proposta sonora do trio era aberta, moderna, antecipou um monte de tendências comportamentais, musicais e fashion, caiu no gosto de todo mundo, Kathleen Hanna vinha de extenso background militante no rock e o álbum de estreia do Le Tigre foi ovacionado e apontado como o futuro.

Em resumo: Feminist Sweepstakes era pra ter sido o ponto de mudança na vida da banda e de Kathleen, momento de aumentar o público e se tornar referência cultural para toda uma geração.

Mas não rolou.

E não rolou por que o disco seja um fiasco, muito pelo contrário, passado quase 11 anos, dá pra contar nos dedos da mão do Lula quantos discos foram tão modernos e abrasivos quanto este nos anos seguintes.

O problema é o seguinte: a banda fez o disco certo, no timing certo, mas aconteceram duas coisas que atrapalharam o caminho do Le Tigre:

Faltou um hit grudento, que elas fariam alguns anos mais tarde com “Nanny Nanny Boom Boom” e a ascensão de Strokes e White Stripes.

Aí, a mídia rabo de vaca focou seus ouvidos nos franguinhos e simplesmente ignorou o Le Tigre.

Banda favorita das garotas raivosas de todo o mundo, o lado politico-lésbico-morte aos homens do grupo não ajudou muito a fazer novos amigos, mas olhando para trás hoje, talvez nem fosse a intenção do grupo fazer concessões para fazer sucesso.

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