The Decemberists – The King is Dead (2011)
Publicado; 20/04/2012 Arquivado em: Discos, Música, records Deixe um comentárioTodo mundo precisa de um modelo seguro para se apoiar e ter certeza de que o que você faz está certo.
O modelo dos caipiras do Decemberists é o R.E.M. e o Paul Westerberg.
Como bons caipiras do meio oeste norteamericano, eles são classificados na maldita denominação “Americana” que os ingleses tanto adoram rotular e que nós aqui também vamos na onda.
Isso quer dizer que:
– Eles cantam em duas a três vozes;
– Usam muito violão e instrumentos rurais como rebecas e steel guitars;
– Produzem timbres firmes de guitarras e baixos clássicos;
– Tem um baterista que toca com vontade se precisar;
– Ótimas composições, certinhas em todas as suas estruturas e pra cantar junto ou acompanhar com a cabeça depois de umas 3 escutadas;
– Nas horas vagas eles ordenham vacas, vacinam búfalos e cozinham faisões.
O Decemberists é tão certinho na sua proposta folk rock, e o disco acontece tão bonito, que é até difícil achar algum defeito. Os caras realmente não poderiam ter nascido em outro pais. O som que eles produzem é tradicional, atemporal e com ótimas musicas do começo ao fim.
Não chegam a transcender em nenhum momento, mas nos dias de hoje isso é tão raro que só o fato deles terem feito um álbum em pleno 2011 com essa beleza antiga e careta e natural ausência de contato com seu tempo é quase como se eles tivessem esculpido um rochedo de pedras no lugar de um prédio novo.
The King Is Dead agradou a moçada indie, foi bem de venda e tem a participação de Peter Buck (ex-REM) e Gillian Welch (musa folk).
Se você não escutou esse álbum ainda (afinal foi lançado em longínquos 2011, uma eternidade), saiba antes que não vai mudar sua vida mas vai dar umas dicas sobre como escutar rock de violão sem se sentir um bocó.