Nina Simone – Live At Montreux 1976 (2011)
Publicado; 03/05/2012 Arquivado em: Discos, Música, records 2 ComentáriosAté o fim dessa semana só vou selecionar discos com a temática ligada ao instrumento dos instrumentos: O Piano.
É a minha homenagem aos grandes pianistas, cantores e compositores que voltaram a dar as caras com discos aguardados, inesperados ou simplesmente pintaram para dizer um oi.
Fiona Apple abandonou sua precoce aposentadoria e lança play novo em alguns meses. Regina Spektor volta a ativa com ótima música (quem sabe agora eu presto atenção nela) e Dr. John (é ele, o próprio) ressurge das catacumbas de New Orleans acompanhado dos Black Keys.
Por enquanto nenhum deles entra nessa lista, assim, começo a série com essa apresentação arrasadora da diva do soul, do blues e do jazz Nina Simone.
Em 1976, ela chegava aos 43 e estava mais incrível do que nunca, cantando com sua voz grave, de timbre estranho e poderosa.
Um show intimista, incomum e num ritmo impossível de ser repetido.
Livre de qualquer amarra estética, Nina dá um banho de interpretação ao piano e no palco ela é uma entertainer como poucas. Joga conversa fiada, conta histórias, se confessa, canta, toca, dá ordem na platéia e faz seu show, em que rigorosamente tudo pode acontecer.
Imprevisível e instável, Nina era um fio desencapado e sua música flutua por essa instabilidade emocional que gerou algumas das interpretações mais passionais da música pop de todos os tempos.
Em 1976 ela já era uma veterana, mas se vale de sua vasta experiência nos palcos, somente para dar conta de fazer o simples, o belo e balanço irresistíveis.
Repertório incrível, show foda, cantora que não se faz mais e performer original.
This lady is not a tramp!
sabe, fiquei muito feliz em ler a crítica a esse show/ dvd.
procurei em alguns sites, mas a maior parte dos críticos musicais usam a expressão “batshit crazy” para fazer dela, e outro falando que não valia a pena ver essa apresentação dela porque está “instável”…
eu acho que eles não entenderam nada.
Curioso, normalmente os crticos costumam fechar os olhos para fases menos brilhantes dos “gigantes” do Jazz. Eu não tinha muita referência de Nina ao vivo, mas quando ouvi isso, bateu uma identificação instantânea. Gosto de coisas meio tortas e geniais, por isso ela era incrível!