Anita O’Day – Swings Cole Porter (1959)

Ta aí um título de álbum que diz muito sobre o que se espera dele.

Se a Ella Fitzgerald deu a eternidade ao gênio com seus Songbooks, Anita deu a graça e uma genuína peraltice intransferível para as composições do mestre.

Anita foi chave de cadeia, controversa e artista de primeira.

Usou de tudo, foi ao fundo do poço e sobreviveu com a classe que faltou a todos que quiseram brincar de ser barra-pesada e foram frouxos.

Sim, me refiro a Amy Winehouse, Syd Vicious e todos esses tontos que não deram conta do recado.

Anita era foda.

Nesse disco ela canta sujo, rasgando, facil, sem trejeitos, sem exageros e sem vicios de cantoras que se esforçam para cantar.

Parece que ela está rindo e debochando com uma vivencia tão natural quanto uma Elis Regina, parecem ter sido feitas no mesmo molde.

Cada frase que ela canta tem um significado único e impossível de ser repetido: o que dizer de I Get A Kick Out Of You, It’s Delovely ou You’re The Top, é impossível escolher uma delas, o disco todo é sensacional.

Na condução da banda, o grande Billy May, maestro de primeira e nas faixas bônus, algumas outras gravações com monstros como Barney Kessel, Roy Eldridge, Buddy Clark e Jimmy Giuffre.

Artista que não faz mas hoje em dia, polêmica e genial, Anita esteve a frente do seu tempo e construiu uma carreira poderosa em um mundo absolutamente masculino como é o do jazz.

 

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