Neil Young – On The Beach (1974)

Sai exu! Deixa a ziquezira pra tras…

Deixando pra tras as loucuras de uma vida rock and roll, parece que ele quis se despedir da angustia, da miséria e da loucura justamente com as roupas e armas do próprio Jorge e encarou tudo de frente.

O disco é propositalmente desleixado, mas rico em ataques seja a colegas músicos (o alvo foi o Lynyrd Skynyrd), a imprensa, o governo, a guerra, as drogas e o que mais viesse pela frente e tivesse no calo do homem.

Tão raivoso e tão esparso, o álbum ficou na geladeira por um tempão e temperamental como ele só, Neil só viria a autorizar reedições em CD muito tempo depois.

Coisa de gênio.

Louco, mas gênio.

O disco é maravilhoso e está cravado na discografia do homem entre o ainda predominantemente folk Times Fade Away (73) e Tonights The Night (75), disco que ainda refletiria esse Neil soturno, mas lutando para se manter são, vivo e poderoso perante a morte, a loucura e o fim que se avizinhava no seu encalço.

Disco de guitarras e de blues branco, On The Beach como em todo grande álbum de Young, começa com um pé na porta daqueles: Walk On é perfeita em tempo, peso, guitarras e certamente entra na lista das melhores musicas do homem.

O resto do disco é pra se ouvir no silencio absoluto, curtindo cada detalhe, cada nuance, pois o que o álbum tem de mais bonito é justamente o timing de cada track, impossíveis de serem repetidos, espontâneos em suas falhas e em seus acertos.

Lindeza de Deus!

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