Don’t Point Your Finger – 9 Below Zero (1981)
Publicado; 04/05/2015 Arquivado em: Música | Tags: blues-rock, british blues, nine below zero Deixe um comentárioMuitos discos que eu tenho em casa eu comprei por causa da capa.
Agora, poucos foram o que eu comprei por causa da contra-capa.
Esse é um deles.
Até porque a capa é muito ruim, parece aquelas coisas que banda de hardcore-ska-punk-skatista fez muito nos anos 90. Aquelas merdas tipo Millencollin.
Na contra-capa a banda posa de costas com o vocalista dando uma banana pra você e pra todo mundo que tivesse vendo a foto.
Educadamente grosseiro, mas simpático.
O 9 Below Zero seguiu a paixão de outros conterrâneos britânicos: o Blues.
Mas como eles estavam no meio da onda da new wave (pós maremoto punk), fazer música legal pareceu ser moda.
Isso dava liberdade deliberada para artistas fazerem o que lhes dessem na telha.
Inclusive andar pra tras.
O som desses caras é blues-rock de bar (adoro), pra se ouvir entornando umas geladas e balançar a cabeça pra esquerda e pra direita.
Dá pra perceber que a gravadora investiu na banda, botaram o Glyn Johns pra produzir…
Glyn produziu discos do Clapton, o primeiro Led Zeppelin, alguns do The Who, Humble Pie, Steve Miller Band, Fairport Convention, Eagles e etc.
Ou seja, alguém achou que esses caras fossem dar certo…
Não deu, mas o disco é legalzinho!
É blues rápido e ligeiro do começo ao fim, lá pelo meio do lado A tem umas cançõezinhas mais do mesmo.
Esse terreno de blues-rock é bem perigoso porque a maioria dos caras acabam soando exatamente iguais e parece que do primeiro minuto ao ultimo segundo, ouvimos exatamente a mesma merda.
Confesso que não sou nem um pouco fã de blues contemporâneo e muito menos de blues-rock contemporâneo, e tenho pouca coisa disso na minha coleção.
Não morro de amores por esse Don’t Point… mas também não odeio. Acho os timbres bem gravados mas é tudo lugar-comum, o som da gaita é igual ao de outros 599 discos que tem gaita, a guitarra tem a mesma timbragem de outros 299 guitarristas.
A música mais legal do disco é justamente a que fecha, “You Can’t Please All The People All The Time”, por sinal o título é ótimo e se todo o disco fosse na pegada dela, seria um disco muito melhor do que foi.
Disco ok para uma banda ok.