Dirk Wears White Sox – Adam And The Ants (1979)
Publicado; 12/05/2015 Arquivado em: Música | Tags: adam and the ants, eighties, new wave, pós-punk Deixe um comentárioOntem escrevi sobre o segundo disco do Adam And The Ants e hoje vou pro primeiro, que foi lançado um ano antes e é tão sensacional quanto King Of The Wild Frontier.
Na verdade, o primeiro disco do Adam que eu comprei foi esse bonitinho, mas era uma edição em CD com outra capa e com o single da música Kick adicionada.
Ai um dia eu vi a edição original em vinil, que traz essa capa escura com essa linda foto em p&b e não titubiei, aposentei o Cd pela Bolacha, mesmo sem Kick, que é uma música bem foda por sinal.
Como um fã de disco autoral que está fazendo seu próprio (logo menos tá por ai), eu entendo que uma vez que a bolacha é lançada, que o barco é içado ao mar e que o pombo correio saiu com a cartinha, já era. A obra é pra ficar como está. Não sou muito fã de edições posteriores que trazem faixas bônus, faixas ao vivo ou novas masterizações.
Isso pra mim é desculpa pra arrancar dinheiro das pessoas, além de ser um desrespeito com a obra em si.
Pra mim, uma vez prensado e lançado é assim que tem que ser.
Foi isso que me levou a esse LP.
Dirk Wears… é um puta disco de rock.
Fico impressionado quando não citam esses dois discos do Adam nessas famigeradas listas de grandes discos.
Esse LP é grandioso em si mesmo.
Capturou tudo o que estava acontecendo e mesmo assim, foi de uma originalidade sem tamanho.
Não parece com nada que tenha saído na mesma época.
Esse primeiro disco deles é realmente uma obra com dono, com autoridade, o Adam escreveu e compôs todo o disco e ainda produziu. Ok, muita gente fez a mesma coisa, há grandes obras autorais por ai e falarei de muitas delas nesse blog, mas o Adam sabia exatamente o que queria, parece não ter feito muitas concessões e admiro esse tipo de artista que leva a sério o que está fazendo, acredita na sua visão e faz tudo com competência.
E o disco tem só música foda basicamente.
É o tipo de LP instigante. Posso ficar muito tempo sem escuta-lo e toda a vez que volto a ele, é sempre uma surpresa. Parece que é um disco vampiresco, sempre fresco e vigoroso.
Como todo bom disco de rock tem que ser.
Dirk Wears faz parte desse seleto clube.