Baby Huey – The Baby Huey Story The Living Legend (1971)

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“I’m Big Baby Huey and i’m 400 pounds of soul. I’m like fried chicken, girls, i’m finger-lickin’ good”.

Se o ano de 1970 literalmente enterrou tudo que veio de revolucionário nos anos 60, pode incluir na lista o nome de Baby Huey.

Soulmen de pegada própria, ele pode ser considerado uma espécie de Tim Maia americano: talentoso, meio encrenqueiro, um cara exagerado, gordão precoce, apreciador de boa comida, boa bebida e boas drogas, mas que diferente do “sindico”, abusou muito mais e faleceu com 26 anos ainda com o primeiro disco completo a ser lançado.

Big Baby era mais um daqueles performers/cantores simplesmente adorado por seus colegas de profissão.

Há alguns discos atrás, falei da Ann Peebles. Bem, o Huey tinha fãs ilustres como Mick Jagger e Paul Mccartney que quando passavam por Chicago no final dos anos 60, davam um jeito de dar um pulo onde Baby Huey e seu grupo Babysitters estivessem tocando para prestigiar a rapaziada e sugar um pouquinho.

Esse album foi produzido pelo monstro Curtis Mayfield e o som desse play é das coisas mais quentes e poderosas que esse ouvido escutou nesses 40 anos de vida nesse planetinha. Um som de bateria e baixo com azeite de oliva, metais vindo diretamente de algum lugar entre o céu e o mundo melhor. Sem falar do vozeirão casca grossa de Baby, ou Big Baby.

Sem exagero, eu adoro black music e esse Baby é muito sem noção de bom! A pegada dessa banda descende diretamente do som que James Brown criou nos anos 60, só que ele levou para outras dimensões.

O que dizer a respeito de Hard Times? Talvez seja a mais poderosa canção de protesto criada pela Soul Music, não por ser uma mensagem direta ou dirigida a uma nação, mas por sua capacidade contemplativa e analítica perante a perplexidade dos fatos que surgiram naqueles tempos loucos e difíceis.

E a versão instrumental de California Dreamin’ é de não deixar pedra sobre pedra e deixa para a posteridade a versão definitiva para uma das músicas mais importantes dos anos 60.

São só 8 faixas, que dá vontade de multiplicar por 50, ou botar pra escutar umas 3 vezes.

A tristeza de ser um disco tão curto de uma vida tão curta não deixa dúvida que o cara ia ser um monstro, tinha muito pra mostrar e tava só no começo.

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