10 “clássicos” pra longe de mim (parte 1)
Publicado; 11/09/2015 Arquivado em: Música | Tags: Black Sabbaht, Cabeça Dinossauro, O A E O Z, Os Mutantes, Paranoid, Pink Floyd, Rock and roll classics, The Doors, The Wall, Titãs Deixe um comentárioOi!
Dando um tempo nas crônicas diárias que esse blog se propos, que é o de dissecar um disco por dia retirado da estante aqui de casa, hoje resolvi dar uma lameada no negócio e dar uma pichada básica em discos que todo o mundo paga o maior pau, mas que eu acho um saco, que nunca me disse nada e provavelmente nunca me dirá:
10. The Doors – The Doors (1967).
É aquele mesmo, que tem Break On Through (que é legal) e que tem Alabama Song (que é a melhor do disco e nem deles é e sim um exercicio de puro esnobismo). Mas é nesse mesmo que tem Light My Fire (talvez a música que eu mais deteste no mundo ao lado de Black do Pearl Jam) e The End, a maior baboseira pseudo-intelectual pseudo-transgressora-roquenroll do mundo. Acho esse disco mais chato que tentar levar papo com estudante de humanas maconheiro pseudo-intelectual mas que curte um livrinho de colorir escondido da namoradinha. O The Doors é disco pra se ouvir com a mesma idade que você tiver para ler On The Road, ou seja, antes dos 18 anos.
09. Titãs – Cabeça Dinossauro (1986)
Nunca entendi e nunca gostei de Titãs. Lembro que mesmo muito jovem, o Titãs sempre me pareceu uma farsa mentirosa e metida a besta. O tempo só me ajudou a corroborar minha tese. Quanto mais velhos, piores eles ficaram e o conjunto da obra só depoe contra. Musicalmente sempre achei a banda mediocre, exceto talvez o Charles Gavin que mandava bem, mas a produção fazia o favor de destruir tudo e ele hoje é muito melhor como pesquisador musical. Os guitarristas sempre foram ruins, o Nando foi um baixista bem meia boca e cantor a banda tinha 4 que não valiam por 1/2. As músicas desse play fazem parte do repertório “crássico” e podem até ter a impressão de “transgressão” e “artístico”, mas como eu não acredito nos “transgressores”, então tudo não passa de mensagem inútil. O Cabeça é o “Romero Britto” do rock brasileiro.
08. Pink Floyd – The Wall (1980)
O Floyd sempre teve meio lá e meio cá na minha vida. Tive momentos de absoluta paixão e momentos de absoluto ódio, mas em nenhum desses momentos eu gostei de The Wall. Nas poucas vezes, ou na verdade na única vez que ouvi esse disco inteiro, percebi o sentido completo da expressão “perda de tempo”. Perda de tempo de quem fez, de quem produziu, de quem criou a arte da capa, de quem prensou milhões de cópias e de quem ouve. É o auge da “xaropice” em torno de um tema, de uma idéia e toda uma construção musical cheia de nove horas pra depois virar um show Megalomaniaco chato que nem o inferno. Se a banda tivesse parado em Animals, tudo teria sido diferente, mas eles seguiram em frente e só não queimaram seu filme porque fã de Pink Floyd é mais complacente e paciente que fã de Los Hermanos e nutre um misto de amor sem limites e radicalismo xiita na hora de defender seus “grandes artistas”.
07. Os Mutantes – O A E O Z (1973)
Os Mutantes foram uma das mais revolucionárias bandas dos anos 60, não só “a nivel” Brasil, mas “a nível” Mundo. Se ligaram no que acontecia por ai, tinham uma birutice original e se misturaram com os caras certos aqui no Brasil nessa época: Tom Zé, Caetano, Rogério Duprat e inventaram um tipo de som que só foi compreendido e admirado quase 20 anos depois que eles acabaram. Os 5 primeiros discos são geniais cada um a seu modo e deveriam ter acabado por ai. Com a saída de Rita Lee, eles ainda tentaram, estavam bem sintonizados no seu tempo, mas o problema era justamente o tempo em que eles se ligaram. Era a hora e a vez do Rock Progressivo. Isso só por si já deveria ser auto-explicativo no porque da ruindade desse play, mas vale uma breve digressão pra eu não ser chamado de teimoso. O rock progressivo tinha deixado de ser vanguarda e era o que dominava o rock no mundo e foi pra essa seara que todos se moveram, seguindo o que o Yes e o que o Floyd fizessem e dessa fonte nasceu Supertramp, Genesis e outras porcarias. Ai deu ruim, pois o virtuosismo dos irmãos Dias veio a tona, o humor saiu de cena e o resultado é essa lameira insuportável!
06. Paranoid – Black Sabbath (1971)
Sim, eu acho esse disco uma porcaria! Já tive uma edição em Cd bem vagabunda, o que só ressaltou os inúmeros defeitos desse disco. Primeiro que eu acho o som uma porcaria, parece a versão “demo” de algo que nunca chegou a ser lançado de verdade e o que seria considerado “cru” ou “visceral” na verdade é “tosco” e “mal tocado”. E olha que eu sou fã de punk rock, mas Paranoid não dá. A faixa título é uma porcaria e o resto não consigo passar. Ok, tem War Pigs, que é um “clássico”, daqueles de tocar obrigatoriamente na Radio Rock ou no Morrison Rock Bar. Se possível comigo longe de todos esses lugares. É inacreditável que eles tenham feito essa porcaria depois do inacreditável homônimo primeiro album e Master Of Reality que 250 vezes melhor.
Semana que vem eu continuo malhando mais 5 discos clássicos… ainda nem falei de Beatles…!