Brass Construction – III (1977)

A capa e a contra-capa desse álbum revelam o caráter de seus protagonistas.

Incansaveis trabalhadores do swingue e do funk, e sem esquecer da Disco, emergente, banida por roqueiros, mas adorada pelo povão e pela moçada que frequentava clubs e procuravam por garotas, garotos, drogas, diversão e basicamente tudo aquilo que se procura ainda hoje.

A diferença é o som.

Que preparo amigo!

Banda impecável, arranjos impecáveis e execução perfeita, o Brass Construction foi sem dúvida uma das melhores bandas deste período e deixou no seu legado um coctail de ritmos difícil de ser batido. Não foram tão hitmakers como Chic, Earth Wind & Fire ou Kool And The Gang, mas não deve nada a nenhuma delas.

Alias, existiram umas 129 bandas tão boas quanto as acima citadas.

O Brass é Brooklin, pesado e suave, venenoso e pra cima.

E se Nova York nos anos 70 era uma cidade barra pesada, menos segura do que hoje e menos insipida também, essa confusão refletiu diretamente na sua cena, tornando-a talvez o espaço mais democrático dos bons sons durante o final dos anos 70.

Graças ao clima combativo, criativo, laborioso e instável, gerou confusão e uma geração de bandas que fala baixo: De um lado os punks Television, Talking Heads, Modern Lovers, Suicide, Richard Hell, Blondie e Ramones, do outro os conglomerados funk: Brass Construction, B.T. Express, Voices of East Harlem, Chic, Odyssey, Newban, Natural Essence entre outras.

Deu invejinha!



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