Stone Temple Pilots – Lady Picture Show

O STP foi a ultima grande banda californiana perigosa.

Perigosa no bom sentido.

No sentido certo.

Graças ao monstro Scott Weiland.

Chorar a morte de Ray Manzarek, ok. Goste-se de Doors e tal, mas eu hoje fiquei triste em saber que o STP trocou Scott pelo zé bolha Chester vocalista do Linkin Park.

Boring.

Scott é pancada, sobrevivente de si mesmo, imprevisível e igualmente talentoso, capaz de soluções inesperadas para os vocais.

E graças a essas soluções, o STP passou de pastiche grunge a grande banda dos anos 90. Ainda bom, ainda relevante e ainda intenso.

Enjoy…

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Arcade Fire – The Sprawl

Todos os pecados se redimem diante da beleza e do sublime.

O Arcade Fire já virou uma das grandes bandas dos anos 2000 cercado de muita pompa e muito paetê. Exagerado, afinal,  é bom, mas o bom hoje em dia é mais do que ótimo!

Mesmo com isso, estou hoje dando o braço a torcer.

A faixa 16 do ultimo e consagrado The Suburbs, o Arcade Fire cometeu uma das mais lindas músicas do século XXI.

The Sprawl seguramente poderia ser uma música séria do ABBA, menos gay, lento, menos alegre e mais triste, mais piedoso e quem sabe mais misericordioso.

Todo o clima de redenção de quem agradece por ter conseguido pouco, mas o pouco que já é suficiente pra fazer feliz a quem nada tem, ou a quem tem tão pouco.

A miséria espiritual está lá, afinal, o AF é canadense. Significa: estudo, tranquilidade, mas miséria.

Um primor. Combina com uma manhã fria acompanhando a caminhada e a mata.


The Bar-kays – Soul Finger

Se músico se diverte tocando, o Bar-Kays devia ser a Disneylandia.

Quase todas as músicas que o grupo fez tem cara de que todo mundo se divertiu pracas fazendo.

E vai falar mais o que: o grupo era uma reunião do esquadrão responsável pelas principais gravações do selo Stax. O selo mais foda da música norte-americana.

Branco com preto, tudo junto e misturado fazendo alquimia, alegria e pura felicidade.

Soul instrumental, com fenders sendo dedados, sopro estridente e fazendo a linha pro assobio, numa mixagem magistral. Se toda a festa do planeta pra ser legal, precisa de uma abertura, Soul Finger sempre terá o meu voto.

Pra espantar olho gordo, gripe, tosse, bactéria e depressão pré-segunda.