Las Vegas é o tumulo do Rock!

O Lollapalooza18 me inspirou pro bem e pro mal a parir um monte de posts reflexivos sobre os dias atuais em nossa querida música pop dita “alternativa”, que de “alternativa” não tem é nada faz uma dezena de anos.

Desde questionamentos do tipo: Que Porra é Dj Snake ou Dillon Francis? Ou Era Pra ser legal o playback da Lana Del Rey? Ou Será que o Mundo Ainda tá Pronto pra Encarar um David Byrne de Frente? Ou Será que Pearl Jam e Red Hot viraram o Deep Purple e o Stones dessa geração?

Muitas perguntas, mas levando em conta que dos 4 ou 5 headliners da edição brazuca desse ano, dois são de Las Vegas, parece que todos os caminhos me levaram a insana cidade dos jogos e dos sonhos e do que de pior se fez e se faz no rock desde sempre.

A primeira imagem que vem a mente quando penso em Vegas é o Elvis decrépito, gordo, detonado, tocando um repertório pavoroso para uma plateia patética.

Curiosamente é sempre esse Elvis que seus imitadores ao redor do mundo pegam pra “homenagear”.

Até porque, quero ver quem seria homem suficiente pra imitar o Elvis dos anos 50, no gingado, na malicia e na voz.

Anyway, voltando ao ponto do post:

Las Vegas não tem nada de rock and roll.

A cidade é cafona, os cassinos são cafonas e as pessoas que vivem e vão pra cidade são bregas e cafonas nível Amaury Jr. e Rammy!

Não consigo pensar algo mais jacu que gastar dinheiro e ir pra Vegas (se bem que hoje considero Dubai ou Punta del Leste, outros dois destinos igualmente pavorosos).

Culturalmente a cidade só serviu de pano de fundo para filmes de gangsters (alguns bons, a maioria meia boca) e pra enterrar a carreira da maioria dos artistas que iniciam suas “temporadas” de shows por lá.

Só pra dar alguns exemplos: Celine Dion e Britney Spears estão por lá faz um tempo e curiosamente, há muito tempo não tem mais relevância alguma no universo pop mundial.

Não bastasse a cidade ser berço de bandas ruins, essas bandas fazem um sucesso mundial absurdo! Se ficassem só por lá, beleza, mas quando expandem seus limites e batem aqui no nosso quintal, aí é pra não deixar barato.

Las Vegas é o tumulo do rock e abaixo listei em ordem de medonhice, as piores coisas que vieram da cidade “Brega-Luz”:

 

  1. The Killers – A banda é bem mediana, em todos os sentidos, mas acertaram em pelo menos 5 hits irresistíveis, e só não ocupa lugares mais acima do ranking, porque fizeram Bones e When We’re Young, duas das melhores canções dos anos 2000. No mais, o Killers tentou recriar o rock-pop de arena ruim do Boston e do Asia.

 

  1. Five Fingers Death Punch – difícil definir a suruba desgracenta dessa porcaria, mas me lembra o Nickelback nos piores momentos, com o System of Down sem punch e mais um monte de neo-rock cheio de mensagens puras para o “povo americano”… quer um exemplo lindo: ouve essa versão de Offspring e vc vai começar a sentir uma saudade danada das bandas ruins dos anos 90.

 

  1. Escape The Faith – Essa e uma banda que me faz sentir saudades do Quireboys e do Poison. É quase um neo-farofa! Quase uma nova versão do “HairRock” dos 80s. Poser até o topo, imagino um monte de gente tatuada que vai adotar o som dessa porcaria como seus novos favoritos. Me dá ânsia só de pensar nisso…

 

  1. Panic! At The Disco – Essa já é ódio antigo, foi horror na primeira ouvida e o asco só continuou ao longo dos anos. Graças a artistas como Panic, Fall Out Boys e My Chemical Romance, o rock começou a bater pino, bico do avião pro solo. Fim dos tempos. O Panic faz tudo errado com coisas que adoro (adoro um som fru-fru vez ou outra, mas aqui eles pegam o pior aspecto), teatral (no Alice Cooper funcionou, no Marylin Manson funcionou, com o Panic parece uma sobra do circo Vostok) e por fim “punk pop?”, sem comentários. Enfim, não tem nem uma música boa e ainda tão por ai amedrontando a inteligência alheia entregando música de moleque em corpos envelhecidos. Patético.

 

  1. Imagine Dragons. O post foi só pra chegar a eles. Desde que surgiram eu não consegui entender como seres vertebrados conseguem gostar deles, assim como não consigo entender como tem gente que acha que a pessoa ser homossexual é porque é doente, e tão pouco quem acha que Bolsonaro deve ser presidente (Rimou!). Enfim, fato é que a banda já está no 3o ou 4o álbum e continua arregimentando uma multidão por onde passa. Há 20 anos, quando você queria ofender alguém ou alguma banda, bastava dizer que eles faziam um som pra “publicitário”, assim atualizando para os dias atuais, acho que o ID faz um som pra “designers thinkers” ou para “protagonistas da indústria 4.0” que trabalhem em empresas arejadas, com pufs e Coca Cola a vontade para todos (menos o pessoal da limpeza e segurança, que são terceirizados).

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