Sly & The Family Stone – Life (1968)

Pra muita gente, hoje é o dia mais importante do ano, afinal o Corinthians pode ser campeão da Libertadores pela primeira em seus 102 anos de existência e 52 de torneio e finalmente botar fim na sina alvinegra na competição.

O sentimento de ansiedade, medo, vontade de se sentir parte de algum plano muito maior, que só eventos dessa magnitude podem causar num grupo de individios que nada tem em comum, a não ser uma paixão em comum que obriga todo mundo a se posicionar permeou todo o dia.

Seja contra ou a favor, não tem como negar, o clima é outro em São Paulo.

Se conseguíssemos usar metada dessa força mobilizadora e essa energia para fazer as mudanças serias e profundas que precisaríamos, seriamos uma nação mais rica, mais igualitária, mais justa, mais cidadã e mais responsável.

Só tem um problema…

Aí não seriamos o Brasil… íamos virar outra coisa, que sinceramente não acredito termos capacidade para tal…

Papo pra outra vez.

Responsabilidade em dobro em sonorizar essa temperatura e esse dia.

Por isso, vou de Sly porque certamente é o disco com o som que eu gostaria de ouvir antes do fim do mundo.

Se for o fim, que levemos dela um sorriso, uma alegria plena que se esbalda em Life.

Funk, rock, ruído, melodia, swingue, sonoridade explosiva e pra cima, som pra quem gosta de som, com graves, médios e agudos, que vai pra cima do ouvinte e provoca alegria, vontades, desejos de atiçar, de ser melhor, de ser mais amado, de amar mais, de viver até o fim e não esperar a morte sentado.

A trinca que o senhor Sly fez foi da pesada: começou com Life, passou por Stand (69) e findou com There’s a Riot Goin On (71) e é impossível apontar um muito melhor que o outro, pois são 3 grandes pilares dos bons sons e dos tempos conturbados que os EUA viveram.

Life é meu favorito porque ele escancarou como nenhum outro a junção de rock com soul, com uma banda inter-racial que se entendia por todos os meandros do ritmo e criou uma vida musical imponente e inesgotável para as gerações seguintes.

Sorte nossa ter existido uma banda como essae ter feito um disco como esse.

E amanhã tem mais…

Se não, bom fim de mundo pra vocês.

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