Burning Spear – Marcus Garvey/ Garvey’s Ghost (1975/76)
Publicado; 02/05/2012 Arquivado em: Música Deixe um comentárioNunca fui um grande fã de reggae.
Na verdade ainda estou longe de ser um grande ativista do ritmo.
Não sou maconheiro, nem surfista, nem fã da mamãe natureza e não frequento muito a praia, logo fica difícil me aprofundar na coisa.
Assim prefiro só a parte musical.
Comecei a escutar reggae e dub há uns 4 ou 5 anos.
Antes tarde do que nunca. Cada disco bom que descobri nessa jornada!
Cada nova descoberta é comemorada como cada nova peça de música clássica que descubro e me apaixono.
Bizarro hã?
Whatever, os caminhos que nos levam são estranhos e tortuosos.
Marcus Garvey foi um dos primeiros ativistas negros a lutar por direitos raciais igualitários nos Eua.
Jamaicano de nascimento, o homem ganhou uma bela homenagem nesse discasso clássico do reggae, e um dos mais emblemáticos álbuns produzidos na ilha.
Um time espetacular de músicos se juntaram a Winston Rodney, vulgo Burning Spear, e quando o ritmo jamaicano ganhava o mundo com Bob Marley, Peter Tosh, Jimmy Cliff entre outros, Burning Spear também ganhou seu espaço merecido dentro da realeza reggaeira, com seu discurso afiado e som mais afiado ainda.
O álbum fez enorme sucesso na Jamaica e hoje é reconhecido como um dos mais importantes álbuns da historia do reggae. Pedrada das boas.
Carrega no seu som, os melhores elementos possíveis. Linhas de baixo precisas e gordonas, bateria sincopada e de timbragem inimitável, o tecladinho e órgãos básicos para fazer aquela caminha deliciosa que todo reggae decente tem, linhas de metais que entram estrategicamente pontuando o calor da torcida e anunciando a benção divina ao som gerado, além, claro das letras politicas e canções poderosas pronunciadas pelo porta-voz Burning Spear.
Marcus Garvey é uma ótima porta de entrada para quem não conhece nada de reggae e quer se aventurar nas delicias tropicais da ilha.
Salve jah!