Cream – Wheels of Fire (1968)
Publicado; 21/05/2012 Arquivado em: Música Deixe um comentárioO Cream em dado momento só tinha uma coisa a fazer. Terminar!
Por que?
Simples, não dava pra fazer nada melhor depois de Wheels Of Fire.
O Cream atingia seu auge.
Auge artístico, criativo e formador de novos rumos para o rock.
Era muita covardia e muito cacique prum trio que não tinha ponto fraco algum.
Vai dizer o que?
Que Eric Clapton não tocava tão bem assim? Não dava, o homem tava com o diabo no corpo e o que ele fez de mais foda foi no Cream.
E o monstro Ginger Baker? Não destruia tudo na batera? E Jack Bruce ainda era o líder no baixo, compondo e cantando as principais músicas do grupo.
Enfim, tudo isso era a mais pura verdade, só comprovada pelo canto do cisnes Goodbye, que já não era do mesmo nível dos anteriores, mesmo sendo bom.
Sem ter sido tão bombástico quanto Disraeli Gears (1967), Wheels… eleva a perfeição as revolucionárias sugestões musicais do grupo, que de tão avançadas, se tornariam os projetos sensacionais que os três embarcariam logo após o fim do trio.
O Rock proposto nesse álbum, mantém a pulsação pesada, somada aos pontos de tensão gerados pela combinação explosiva das seis cordas de Clapton com a cozinha que sempre dispensou apresentações, mas que aqui vivia um momento muito especial… talvez seja a melhor participação de Jack Bruce num álbum do Cream (e isso fez enorme diferença, pois seu baixo carregado e pesado preenchia os espaços deixados pelos solos de Clapton ou pelo frenesi endoidecido de Baker).
O Cream pendurou as chuteiras no final dos anos 60 e deixaria um rastro de seguidores que não para de aparecer desde a década de 70 até hoje.
Seja Led Zeppelin ou Tame Impala, passando por Wolfmother a Queens of The Stone Age, todo mundo que usou riffs com melodia deve vossos cachês e almas ao poderoso trio britânico.