Badfinger – Straight Up (1971)
Publicado; 22/07/2015 Arquivado em: Discos, records | Tags: Apple Records, Badfinger, Seventies Power Pop, Straight Up Deixe um comentárioEsse é um dos discos que eu mais gosto aqui de casa.
Esse play sobreviveu a 3 mudanças de casa e 3 limpas de discos que fiz na minha vida.
Isso porque eu realmente adoro esse disco!
E tem razão de ser.
Foi a primeira banda, senão me engano, a ser contratada pelo selo Apple (dos Beatles, não do Steve Empregos), quando os 4 rapazes de Liverpool acharam que dariam conta de ter quando montaram um selo próprio e nele contratar, produzir, divulgar e lançar novos artistas.
Não durou muito porque artista faz arte, não business. Se alguém escrevesse um livro de historia sobre todos os selos criados por artistas e suas pataquadas, seria um puta livro bem interessante.
Enfim, fato é que o Badfinger, e em especial esse play foi produzido por Todd Rundgren (sem comentários) e 4 faixas por George Harrison (sem comentários) e tem 12 músicas originais absolutamente sensacionais, trazendo o frescor dos vocais sessentistas, com backing vocais elaborados, harmoniosos e bem construídos com um peso setentista que havia se tornado regra em 100% das bandas de rock naquela época.
Mas o Badfinger tinha um tcham diferente.
Esse tcham pôde ser recentemente admirado e resgatado na série Breaking Bad, quando o clássico obscuro Baby Blue entrou como uma luva na sonorização dos últimos momentos da série, me fazendo literalmente levantar da poltrona e aplaudir quem teve essa brilhante sacada.
O rock desse álbum é pesado mas não afugenta e tem um senso de pop que anos mais tarde se tornaria conhecido como Power Pop, ou pop mais pesado. Nessa época, esse senso não existia, o que existia era o pop dos Beatles que já estava desgastado e ultrapassado e que estava sendo substituído pelo rock mais pesado da era Zeppelin-Sabbath-Purple entre outros.
Os álbuns seguintes do Badfinger não me interessaram tanto, mas esse Straight Up escuto até hoje com mucho gusto.
E ainda tem Baby Blue que é uma das minhas baladas rock favoritas, com um riff de guitarra ganchudo e simples, uma bateria forte marcada e uma letra cantada com a confiança absoluta que a justiça divina jamais deixará esse disco velho ou ultrapassado.
Até agora não está velho e nem ultrapassado.
E acho que isso nunca acontecerá.